sábado, 29 de mayo de 2010

Solenidade da Santíssima Trindade (Port/Esp)

Solenidade da Santíssima Trindade
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós”. (II Cor. 13, 14) começo a reflexão deste domingo com um texto de São Paulo que é a saldação inicial que nós sacerdotes fazemos ao começar a santa Eucaristia. Hoje celebramos a Solenidade da Santíssima Trindade: o mistério de um só Deus em Três Pessoas. E veremos que as leituras deste dia nos convida a meditar sobre a essência de Deus como a Rocha sobre a que podemos construir a nossa vida, as notas sobre as quais poderemos nos fundamentar. Hoje não é um dia para saber o mistério de Deus, mas para reconhecer que Ele é Deus, e isso basta. Leia esta história e entenderás:

Conta-se que Santo Agostinho andava certo dia a passear na praia a meditar sobre este mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas distintas… Enquanto caminhava, observou um menino que carregava um pequeníssimo balde com água. A criança ia até o mar, trazia a água e deitava-a dentro de um pequeno buraco que havia feito. Após ver repetidas vezes o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia. O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade: -”quero colocar a água do mar neste buraco”. Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe: -”mas tu não percebes que isso é impossível mesmo que trabalhes toda a vida? O mar é infinitamente grande. Jamais o irás conseguir colocar aí todo dentro desse pequeno buraco…”.

Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe: “ora, é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem!”. É mais fácil colocar toda a água do mar aqui dentro deste buraco que o homem conseguir entender o mistério da Santíssima Trindade. O homem é infinitamente pequeno e Deus é infinitamente grande!

Na Primeira Leitura (Prov 8,22-31), nos fala da existência eterna da segunda Pessoa, a Sabedoria do Pai.  No Evangelho (Jo 16,12-15) Jesus nos fala de si mesmo, e também do Pai e do Espírito Santo, mas como o“Espírito da Verdade”. E nos diz também: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão”. Aqui  já podemos notar uma perfeita unão entre as Três Pessoas, cuja Sabedoria é comunicada a todos nós.

Já na Segunda Leitura (Rm. 5,1-5), São Paulo nos faz uma síntese da ação trinitária na História da Salvação: caminhamos rumo ao Pai (O AMOR), por meio de Cristo (A GRAÇA), no amor derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo (É A COMUNICAÇÃO DO AMOR E DA GRAÇA). “Por ele, não só tivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes, mas ainda nos ufanamos da esperança da glória de Deus. E não só isso, pois nos ufanamos também de nossas tribulações, sabendo que a tribulação gera a constância, a constância leva a uma virtude provada e a virtude provada desabrocha em esperança. E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Para explicar um pouco melhor sobre este mistério, transcrevo alguns dos números do nosso catecismo para que cada cada um possa ler e entender o que nos diz a santa Igreja sobre temas tão importantes e dentrais para a nossa fé:   


234 O misterio da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo, é, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina. É o ensinamento mais fundamental e essencial na "hierarquia das verdade de fé" (DCG 43). "Toda a história da salvação não é senão a história da via e dos meios pelos quais Deus verdadeiro e único, Pai, Filho e Espírito Santo, se revela, reconcilia, consigo e une a si os homens que se afastam do pecado" (DCG 47).

237 A Trindade é um mistério de fé no sentido estrito, um dos “mistérios escondidos em Deus, que não podem ser conhecidos se não forem revelados do alto" (Cc. Vaticano I: DS 3015. Deus, certamente, deixou marcas de seu ser trinitário em sua obra de Criação e em sua Revelação ao long do Antigo Testamento. Mas a intimidade de seu Ser como Trindade Santa constitui um mistério inacessível à pura a razão e até mesmo à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo.

251 Para a formulação do dogma da Trindade, a Igreja teve de desenvolver uma terminologia própria recorrendo a noções de origem filosófica: "substância", "pessoa" ou "hipóstase", "relação", etc. Ao fazer isto, não submeteu a fé a uma sabedoria humana senão que imprimiu um sentido novo, inaudito, a esses termos, chamados a significar a partir daí também um Mistério inefável, que "supera infinitamente tudo o que nós podemos compreender dentro do limite humano" (Paulo VI, SPF 2).

252 A Igreja utiliza o termo "substância" (traduzido também, às vezes, por "essência" ou por "natureza") para designar o ser divino em sua unidade; o termo "pessoa" ou "hipóstase" para designar o Padre, o Filho e o Espírito Santo na sua distinção real entre si, e o termo "relação" para designar o fato de a distinção entre eles residir na referência de uns aos outros.

253 A Trindade é Una. Não confessamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: "a Trindade consubstancial" (Cc. Constantinopla II, ano 553: DS 421). As pessoas divinas não se dividem entre si a única divindade, mas cada uma delas é Deus por inteiro: "O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus quanto à natureza” (Cc. de Toledo XI, ano 675: DS 530). "Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina" (Cc. de Latrão IV, ano 1215: DS 804).

254 As pessoas divinas são realmente distintas entre si. "Deus é único, mas não solitário" (Fides Damasi: DS 71). "Pai", "Filho”, Espírito Santo" não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: "Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho" (Cc. de Toledo XI, ano 675: DS 530). São distintos entre si pelas suas relações de origem: "É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede" (Cc. Latrão IV, ano 1215: DS 804). A Unidade divina é Trina.” (Catecismo da Igreja Católica, nn correspondentes das fontes presentes)
Pe. Lucimar, sf

Español:
Solemnidad de la Santísima Trinidad
“La gracia de nuestro Señor Jesucristo, el Amor del Padre y la comunión del Espíritu Santo esté con todos vosotros”. (II Cor. 13, 14) comienzo mi reflexión de este domingo con una texto de San Pablo que es el saludo que nosotros los sacerdotes comenzamos la santa Eucaristía. Pues hoy celebramos la Solemnidad de la Santísima Trinidad: el misterio de un solo Dios en Tres Personas. Y del cual las lecturas de este día nos invitan a meditar sobre la esencia de Dios como la Roca sobre la que hemos de construir nuestra vida, las notas sobre las que hemos de fundamentarnos

En la Primera Lectura (Prov. 8, 22-31), nos habla de la existencia eterna de la segunda Persona, la  Sabiduría del Padre.  En el Evangelio (Jn. 16, 12-15)  Jesús nos habla de sí mismo, y también del Padre y del Espíritu Santo.  Habla de éste como el “Espíritu de Verdad”. Y nos dice: “El los irá guiando hasta la verdad plena... recibirá de Mí lo que les vaya comunicando.  Todo lo que tiene el Padre es mío... tomará de lo mío y se lo comunicará a vosotros”. Perfecta unión entre las Tres Personas, cuya Sabiduría es comunicada a nosotros.

Ya en la Segunda Lectura (Rm. 5, 1-5), San Pablo nos hace una síntesis de la acción trinitaria en la Historia de la Salvación: caminamos hacia el Padre (EL AMOR), por medio de Cristo (LA GRACIA), en el amor derramado en nuestros corazones por el Espíritu Santo (ES LA COMUNICACIÓN DEL AMOR Y LA GRACIA). “Por mediación de nuestro Señor Jesucristo hemos obtenido la fe, la entrada al mundo de la Gracia... Dios ha infundido su Amor en nuestros corazones, por medio del Espíritu Santo, que El mismo nos ha dado”. ¡Maravilla operacional del Dios Uno y Trino, del Dios Vivo y Verdadero!

Sin embargo, algunos en nuestros días se están construyendo un “dios” a su manera, a su medida, a su antojo... y, sin darse cuenta, se están construyendo un “dios” que no puede amar.  Y no puede amar ese “dios” inventado, post-modernista y “new age”, porque se pretende creer que Dios es simplemente “energía”.  Y una simple “energía”, por más grande que pueda ser, no es capaz de amar.

Para los católicos -y también para los demás cristianos- Dios es todopoderoso, infinitamente poderoso, pero no es una simple energía.  Para nosotros Dios no es mera fuerza: es un Ser, que conoce y que nos conoce a cada uno de nosotros en forma particular. 

Es un Ser que se relaciona con nosotros, y nosotros con El. Es un Ser que ama, y nos ama a cada uno de manera especial, tan especial que nos ama a cada uno como si cada uno fuera único, porque cada una de sus criaturas es única para El.

Y esas Tres Personas que son cada una el mismo y único Dios, se aman entre sí y nos aman a nosotros con un Amor que es Infinito, como Infinito es Dios.

P. Lucimar, sf

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