sábado, 6 de marzo de 2010

QUARESMA 2010 - Tempo de Misericórdia, Tempo de Perdão


A partir do dia 17 de fevereiro começaremos um novo tempo litúrgico, tempo de misericódia, tempo de perdão, um tempo para pensar no nosso peregrinar por este mundo. Não deixa de ser um momento especial para entrar em contanto com a nossa fé e a buscar uma renovação, uma vitalidade que possa animar-nos a viver na expectativa do MARANATÁ (1 Cor 16,23; Ap 22,20) definitivo. Da segunda vida do Senhor, mas enquanto esse dia não chegar nos preparamos intensamente repetindo estas palavras: “Vem Senhor Jesus”.

Neste tempo especial de graça que é a Quaresma devemos aproveitar ao máximo para fazermos uma renovação espiritual em nossa vida. O Apóstolo São Paulo insistia: “Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!” (2 Cor 5, 20); “exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. Pois ele diz: Eu te ouvi no tempo favorável e te ajudei no dia da salvação” (Is 49,8). “Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.” (2 Cor 6, 1-2).

Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto (Mt 4, 1-11) e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as armadilhas que o mal vai semeando nos dias de hoje.

Mas para chegar ao que foi dito, devemos voltar no tempo, ou melhor na história para entender o sentido da quaresma para os cristãos. A partir do século IV da era cristã, os cristãos já sentiam a necessidade de se preparar para a Páscoa, pois eram, desde então, muito conscientes que esta Solenidade era a mais importante para as suas vidas. O Mistério Pascal é o centro, o núcleo da vida cristã e o sentido último de nossa existência: Morrer-viver N’Aquele que morreu-viveu: em nossa carne humana, como Deus, para resgatar-nos das ciladas do inimigo como nos exorta São Pedro na sua primeira carta: “Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor como um leão que ruge, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé, certos de que iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora. Depois de terdes sofrido um pouco, o Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua glória eterna, no Cristo Jesus, vos restabelecerá e vos tornará firmes, fortes e seguros”(I Pe 5, 8-11).

Pois esse período de preparação para a Páscoa acabou por se fixar, a partir do Século IV, em quarenta dias, número cheio de simbolismo. A história da salvação, os grandes eventos e os encontros decisivos do Homem com Deus giram em torno deste número.

Quarenta quer dizer TUDO: quarenta dias, um período de preparação para a maior das solenidades, a Páscoa, que atualiza o Acontecimento culminante da nossa Salvação. QUARESMA significa, pois, este período de quarenta dias e exprime, ao mesmo tempo, a totalidade da nossa vida, neste período de preparação.

A bênção e a imposição das cinzas na quarta-feira (17 de fevereiro) são uma prática penitencial muito antiga. Através da cerimônia simbólica da imposição das cinzas, a Igreja quer que reconheçamos a nossa condição de pecadores e nos disponhamos a aceitar, com humildade, a morte temporal, como conseqüência do pecado. Quer também que nos comprometamos a lutar contra o mal, confiando sempre na misericórdia de Deus, que não deseja a morte do pecador, mas que ele tenha vida e a tenha em abundância.

Com este apelo à conversão, a Igreja dirige-nos também um doce convite ao jejum. Desta forma, privando-se de algo, o cristão manifesta a sua disponibilidade em seguir o Senhor e a amá-Lo acima de todas as coisas materiais e exprime a sua solidariedade a tantos irmãos privados de alimentos, de bens, de possibilidades, de oportunidades legítimas para se desenvolverem como seres humanos plenos.

Quaresma, tempo de conversão e de preparação para a Páscoa, se transforma assim, em “Quaresma de Fraternidade”. Aí no Brasil se prepara o povo de forma muito significatriva com a reflexão da CAMPANHA DA FRATERNIDADE sobre algum tema sugerido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do qual chamamos de, uma demostração de la unidade entre todas as comunidades de norte a sul, leste a oeste do nosso Brasil que se prepara para a Páscoa num mesmo caminho. Aqui na Espanha é direfente, cada comunidade segue o seu caminho, não sei qual será o melhor caminho. Depois de oito anos por aqui, o povo participa de tudo porque é tradição e costume.

A Campanha da Fraternidade de 2010 aí no Brasil, terá como tema “Economia e Vida” e o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. A campanha – que começa no dia 17 de fevereiro – tem como fundamento colaborar na produção de uma economia à serviço da vida, no ideal da cultura e da paz. A campanha reforça a necessidade da formação de militantes, de uma política que lute pelos direitos “dos pobres sem trabalho, sem moradia, sem garantias de sustento para si e suas famílias”.

Por isso vivamos este tempo de misericódia, tempo de perdão como grande presente de Deus e da Igreja para todos.


Estamos e sempre estaremos unidos no amor do Pai Eterno,
encarnado no seio de uma família, Jesus, Maria e José,
modelo de santidade para todas as nossas famílias.

Pe. Lucimar de Assis Mendes, sf.

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